Atualizado: 14 de jul. de 2020
Trypanossoma cruzi
Causa tripanossomíase americana/doença de Chagas
Em invertebrados, apresenta esferomastígotas, epimastígota (que se reproduz no intestino) e tripomastígota metacíclica (forma infectante, se localiza no reto, tem flagelos). Já em vertebrados, apresenta-se em forma de amastígota (se agrupando em tecidos, como por exemplo, no cardíaco) e a tripomastígota sanguínea. Ciclo: heteroxeno

Fonte: CDC – Trypanossoma cruzi
O mosquito infectado realiza hematofagia, e, ao “picar” acaba inoculando um anti-coagulante e um anestésico no local. Enquanto se alimenta, ele defeca e ao terminar sai da área. O contato do humano com as fezes contaminadas (levando até a ferida da picada ou até mesmo ao olho) faz com que a forma tripomastígota entre no corpo e, por meio de alterações no lisossomo da célula que o fagocita, se desenvolve em amastígota. A amastígota rompe a célula e se transforma em tripomastígota sanguínea. Quando um inseto se alimenta do sangue de uma pessoa infectada ele adquire a forma esperomastígota que, posteriormente, se desenvolve em epimastígota e tripomastígota metacíclica, reiniciando todo o ciclo. Transmissão: transfusão, transplante, oral, acidentes em laboratório e vetores: Triatoma, Panstrongylus ou Rhodnius; Manifestações clínicas: fase aguda- sinal de Romãna (olho) e chagoma de inoculação; fase crônica- cardíacas (inchaço, arritmia e disfunções), digestivas (esôfago e intestino “mega”), nervosas e mistas; Diagnóstico: reação de imunoflorescência; Profilaxia: cuidado com alimentação (como por exemplo, açaí), controle biológico dos vetores e melhorias nas condições de habitação;
Toxoplasma gondii
Causa toxoplasmose
É considerada uma zoonose, e pode se apresentar de 3 formas:
Taquizoito: fase aguda, proliferação, presente em líquidos orgânicos (suor, saliva, esperma…);
Bradizoito: fase crônica, tecido muscular, se reproduz lentamente;
Oocisto: presente em gatos (em qual ocorre a reprodução sexuada) e é a forma de resistência;
Ciclo: heteroxeno (hospedeiro definitivo: felinos/ hospedeiro intermediário: homem, bovino, sulino, ave…);

Fonte: CDC – Toxoplasma gondii
O parasito se reproduz de forma assexuada por meio de endodiogenia, em que são produzidos muitos bradizoítos e taquizoítos na fase aguda da doença. Depois da fase aguda, são produzidos cistozoítos (que contém vários bradizoítos em seu interior). Sexuadamente, ocorre no intestino de gatos, logo, o encontro dos gametas produz um oocisto que é liberado ao meio externo. Transmissão: ingestão de oocisto por alimentos, contato com saliva de animal infectado e transplacentária; Manifestações clínicas: em grávidas é extremamente grave, podendo causar edema, lesões oculares no feto. Em indivíduos imunodeficientes, provoca, até mesmo, lesões cutâneas; Diagnóstico: sorologia; Profilaxia: controle da população de gatos, evitar leite e carne crua, realizar o pré-natal…;
Plasmodium sp
Causa malária
A forma infectante é o oocisto. Ciclo: heteroxeno;

Fonte: Malaria – CDC
O mosquito infectado, ao realizar a hematofagia faz com que esporozoítos entrem no homem e se dirijam até os hepatócitos. Ao chegar, se transformam em trofozoítos jovens, posteriormente, maduros. A próxima fase é em forma de esquizonte, que se transforma em merócito e provoca o rompimento celular. A forma que sai da célula rompida é o merozoíto que vai para os eritrócitos e recomeça todo o ciclo novamente (a partir de trofozoíto). Depois de vários ciclos, forma-se ao invés de merozoitos, gametócito que vai para o mosquito e se transforma em oocineto e, posteriormente, em oocisto, infectando-o. *Ciclo pré-eritrócito (só ocorre 1 vez); Transmissão: mosquito Anopheles darling / Anopheles cruzi; Manifestações clínicas: picos febris e acessos maláricos: • 1ª fase: frio; • 2ª fase: febre+dor de cabeça; • 3ª fase: calafrio; Plasmodium falciparium: febre terçã maligna (intervalos 36-48 horas), complicada; Plasmodium vivax: febre terçã benigna (intervalos de 48 horas); Plasmodium ovale: febre terçã benigna; Plasmodium malariae: febre quartã (febre a casa 72 horas); Diagnóstico: esfregaço sanguíneo; Profilaxia: repelente, inseticida, roupas longas…;

Referência:
Aulas da Professora Francine Alves da Silva Coelho- Universidade de Taubaté