Atualizado: 14 de jul. de 2020
Fasciola hepatica
Fasciolíase
Parasito monoico, espinhos no tegumento, ventosa oral e ventral. Ovos: ovo operculado, em contato com a água o opérculo se abre e o ovo é liberado. Sua forma infectante para o hospedeiro definitivo (homem, bovino e ovino) é a metacercária, e para o intermediário (molusco) é o miracídeo. Transmissão: ingestão ou penetração ativa; Manifestações clínicas: perda de peso, dores abdominais, diarreia, febre, retardo no desenvolvimento e trauma nos vasos; Diagnóstico: fezes e bile (ovos);
Vermes adultos nos canais biliares chegam no intestino e liberam seus ovos que saem junto com as fezes. O miracídeo, em contato com a água, nada, seu tempo de vida é de 8-10h, mas só é capaz de penetrar em um molusco nas 3 primeiras horas de vida. Ao penetrar se transforma em esporocisto, rédia e cercaria, que fura a camada da rédia e as cercarias saem na água. A cercaria perde a cauda e vira metacercária. A metacercária vai para o estômago de homem/bovino/ovino, interage com o suco gástico e, posteriormente, com a bile e é desincistada e migra para os ductos biliares e se desenvolvem (alguns vão para o pulmão).
Schistossoma mansoni
Esquistossomose
Parasito dioico, machos menores e corpo em forma de fenda; Ovos: grandes e com espícula lateral; Sua forma infectante para o hospedeiro definitivo (homem, bovino e ovino) é a cercária, e para o intermediário (molusco) é o miracídeo. Transmissão: ingestão ou penetração ativa; Manifestações clínicas: febre, dores abdominais, náuseas, vômitos e diarreia; Diagnóstico: fezes, biópsia da mucosa intestinal, exame de sangue (imunológico);
O miracídeo, em contato com a água, nada, seu tempo de vida é de 8-10h, mas só é capaz de penetrar em um molusco nas 4 primeiras horas de vida. Ao penetrar se transforma em esporocisto e cercaria. A cercaria, ao penetrar (destaca-se de sua cauda), é capaz de migrar pelos tecidos e vasos, ativando a resposta imunológica. Se acasalam na veia porta-hepática.
Taenia solium e saginata
Teníase
T. saginata: escólex com órgãos de fixação (4 ventosas), proglote grávida com ramificações dicotômicas; T. solium: escólex com órgãos de fixação (4 ventosas), rostro com coroa de acúleos, proglote grávida com ramificações dendriticas;
Ovos: casca grossa (embriófora) e embrião (oncosfera); Sua forma infectante para o hospedeiro definitivo (homem) é a cisticerco, e para o intermediário (solium: suínos/ saginata: bovinos) é o ovo. Transmissão: ingestão de carne suína ou bovina contendo o cisticerco; Manifestações clínicas: maioria assintomática, dores abdominais, prurido anal diurno (T. saginata), hemorragia, infecção, desnutrição; Diagnóstico: fita gomada (T. saginata) ou tamisação (T. solium);
O homem infectado libera proglotes nas fezes (movimento de apólise para destacar as proglotes), que por meio da água ou em forma de alimento chega até o bovino ou suíno. Ao atingir o hospedeiro intermediário, o cisticerco perfura o intestino e se aloja em diversos tecidos. Ao ingerir carne mal cozida, o homem se contamina com o cisticerco e reinicia o ciclo.
Taenia solium
Cisticercose
T. solium: escólex com órgãos de fixação (4 ventosas), rostro com coroa de acúleos, proglote grávida com ramificações dendriticas; Ovos: casca grossa (embriófora) e embrião (oncosfera); Sua forma infectante para o hospedeiro definitivo (homem) é a cisticerco, e para o intermediário (solium: suínos/ saginata: bovinos) é o ovo. Transmissão: ingestão de ovos, heteroinfecção ou autoinfecção interna/externa; Manifestações clínicas:
Cérebro: dores de cabeça, tontura, vômito, convulsão;
Coração: palpitação;
Ocular: deslocamento da retina, cegueira parcial ou total;
Diagnóstico: sorológico ou imagem;
O homem infectado libera proglotes nas fezes (movimento de apólise para destacar as proglotes), que por meio da água ou em forma de alimento chega até o suíno. Porém, se o homem ingere os ovos (ao invés do suíno) ele desenvolve a cisticerco, que pode se instalar em diversos tecidos.

Referência:
Aulas da Professora Francine Alves da Silva Coelho- Universidade de Taubaté