Atualizado: 14 de jul. de 2020
MHC Major histocompatibility complex
Determinado por 6 genes localizados no croomossomo 6 que formam antígenos de leucócitos humanos (HLA) que são importantes na resposta imune. O MHC-I apresenta antígenos endógenos, enquanto que o MHC-II é presente na superfície de CAA (células apresentadoras de antígenos) e apresenta antígenos exógenos. Estabelecendo o elo entre a resposta imune inata e adaptativa, o MHC apresenta uma fenda peptídica que se liga ao receptor do linfócito T.
RESPOSTA IMUNE CELULAR (TH1)
A resposta imune celular atua contra antígenos proteícos fagocitados por meio de linfócito T (helper atua ativando macrófagos para matar microrganismos fagocitados e o citotóxico mata células infectadas e elimina reservatórios de infecção.
1- Fase de reconhecimento Célula apresentadora de antígeno (macrófago, monócito, células dendriticas) expressa MHC-II para o complexo TCR (receptor do linfócito T).
2- Ativação / Proliferação A ativação é mediante ao TCR que, quando ativado, transmite o sinal para toda a célula. Citocinas ativam genes e realizam a expansão clonal (Interleucina-2 (IL-2) induz a mitose). O interferon- γ ativa macrófagos, aumenta a expressão de MHC, ativa linfócito T-citotóxico e inibe a resposta imune humoral.
3-Fase efetora Atividade citotóxica direta em células infectadas por vírus e em células tumorais. Ocorre a degranulação através de perfurinas, ativa macrófagos (aumenta a capacidade de célula apresentadora de antígeno, secreta mediadores inflamatórios, atua em células tumorais, hipersensibilidade tardia). Linfócito T-supressor inibe a resposta imune quando a situação for controlada.
RESPOSTA IMUNE HUMORAL (TH2)
Resposta à antígenos formados por carboidratos, lipídeos e ácidos nucleicos que envolve o linfócito B e a produção de anticorpos. A ativação de linfócito B em plasmócito pode ser dependente ou independente do linfócito T.
Ativação T dependente Macrófago, monócito, neutrófilo, linfócito B fagocitam o antígeno e apresentam o MHC, interagindo com o linfócito Thelper que expressa CD40L e libera citocinas que ativam o linfócito B em plasmócito para que ocorra a produção de anticorpos. Parte desses anticorpos ficam em estado G0 nos folículos (células de memória), sofrendo swiching de classes (troca de porção constante) e hipermutação somática (muda a porção variável, garantindo uma maior afinidade com o antígeno), ou seja, mudade IgM para IgG, IgA, IgE ou IgD.
Ativação T independente Linfócito B fagocita antígeno (carboidratos, lipídeos, ácidos nucleicos), é ativado em plasmócito e produz anticorpos. São produzidos IgM de baixa afinidade.
HIPERSENSIBILIDADES Resposta imunológica exagerada frente a um antígeno
Hipersensibilidade tipo I – Reações anafiláticas -Sensibilização (1º contato) é humoral; -IgE na superfície de mastócitos e basófilos; -Segunda reação ocorre em 5 ou 15 minutos após entrar em contato com o antígeno; -Mastócitos e basófilos tem granulos de histamina, heparina, leucotrieno, prostoglandinas que promovem vasodilatação; –Fase imediata: vasodilatação, espasmo de células musculares lisas e secreção glandular; –Fase tardia: infiltração de eosinófilo, basófilo, neutrófilo, monócito vão para o local em que o antígeno está e o linfócito T pode estar envolvido. Pode haver dano tecidual. –Antígenos inalados: rinite e asma; –Antígenos ingeridos: vômitos, cólicas, diarreia, erupções cutâneas; –Antígenos inoculados: reações urticariformes; -Anafilaxia sistêmica ocorre quando há uma ativação generalizada de mastócitos, diminui-se a pressão arterial e a saturação; -Para o diagnóstico, são realizados testes cutâneos, IgE no soro, ELISA competitivo e etc;
Hipersensibilidade tipo II – Reações citotóxicas -Sensibilização (1º contato) é humoral; -IgM ou IgG; -Antígenos particulados; -Ativa sistema complemento; -Ativa células efetoras com receptores para Fc de IgG; -Depende de anticorpo; -Ocorre em alguns casos de transfusão sanguínea, DHRN (Doença Hemolítica do Recém Nascido); –Destrutivas: autoanticorpo; –Bloqueadoras: autoanticorpo bloqueia o receptor sobre a superfície da célula; –Ativadoras: autoanticorpo atua como agonista;
Hipersensibilidade tipo III – Mediada por imunocomplexos -Sensibilização (1º contato) é humoral; -IgM ou IgG; -Antígenos solúveis; -Complexo antígeno-anticorpo é removido -> Sistema fagocitário mononuclear; -Depósito nos tecidos pode provocar reações inflamatórias e causar danos; -Antígenos endógenos (doença autoimune) ou exógenos; -Lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide…;
Hipersensibilidade tipo IV – Tardia ou celular -Sensibilização (1º contato) é celular; -Ocorre entre 48-72h após o segundo contato com o antígeno; -Antígeno reintroduzido ou persistência celular; -Pode ocorrer formação de granuloma (21 a 28 dias após o segundo contato com o antígeno); -Hapteno; -Linfócito T de memória reconhece e provoca uma alteração microvascular endotelial; -Ativa macrófagos; -Reação de Mantoux para teste tuberculínico; –Dermatite de contato: linfócito T e macrófagos tardios; –Tuberculínico: linfócito T e monócitos; –Granuloma: macrófagos e linfócitos;
IMUNOLOGIA DE TUMORES
–Câncer: doença multifatorial, mutação e crescimento progressivo (oncogenes); -Mecanismos celulares de reparação/apoptose; -Produção de proteínas “erradas”/diferentes que o linfócito T-helper reconhece graças ao MHC-I; -Células neoplásicas apresentam mecanismo de evasão, em que não expressam MHC-I ou liberam imunossupressores; -O corpo realiza defesa humoral (anticorpos), celular (macrófagos ativados) e libera citocinas; -Quimioterapia para a mitose do corpo todo;

Referências:
Aula da Professora de Imunologia da Universidade de Taubaté (UNITAU): Célia Gonçalves e Silva; ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv.. Imunologia celular e molecular. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.