Estude para o mestrado comigo: A composição molecular das células vegetais – Lipídeos
Lipídeos, também popularmente conhecidos como gorduras, são moléculas hidrofóbicas (isto é, não se misturam com água) que podem desempenhar papéis como armazenadores de energia ou estruturais (como os fosfolipídios presentes na membrana plasmática).
Como citado, essas moléculas acumulam muita energia e isso ocorre porque os óleos e gorduras apresentam uma maior proporção de ligações de carbono-hidrogênio ricas em energia, quando comparado, por exemplo, com os carboidratos. Suas moléculas podem se apresentar de forma saturada, quando em sua estrutura os carbonos só estabelecem ligações simples, ou de forma insaturada, quando os carbonos estabelecem ligações duplas ou triplas entre si.
Outro tópico citado no primeiro parágrafo é sobre sua função estrutural: os fosfolipídios são ácidos graxos ligados a uma espinha dorsal de glicerol e um grupamento fosfato (que representa a extremidade hidrofílica da membrana plasmática (presente ao redor das células e no interior, formando os compartimentos celulares ou organelas).
Quando falamos em estudos voltados para as plantas, não podemos deixar de citar a cutina, suberina e as ceras. A cutina e a suberina são lipídeos que constituem a parede celular das plantas, formando uma matriz sob a qual a cera está imersa. Já a cera, por sua vez, é formada por compostos lipídicos que atuam evitando a perda de água e de outras moléculas pela superfície vegetal, estando presente, inclusive na superfície das folhas das plantas.
Por fim, não podemos deixar de comentar sobre os esteroides: lipídeos que apresentam 4 anéis hidrocarbônicos interconectados e que desempenham a função de estabilizar as caudas dos fosfolipídios e participam da produção de hormônios vegetais. O esteroide mais abundante nas plantas é o sitosterol.

Raven, P.H. Evert, R.F., Eichhorn, S.E. Biologia vegetal. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara