Estude para o mestrado comigo: A célula vegetal
Segundo a Teoria Celular, todos os organismos vivos são compostos por 1 ou mais células e as reações químicas desses organismos ocorrem no interior das mesmas, considerando que elas contém a informação genética hereditária do ser vivo e consegue originar outras células (por mitose ou meiose).
Sendo o ser vegetal um organismo multicelular e eucarionte, isto é, apresenta DNA linear fortemente ligado à proteínas chamadas histonas protegido por uma membrana nuclear, no post de hoje estudaremos brevemente cada compartimento dessas células.
Como características exclusivas das plantas temos a parede celular celulósica, plastídeos e vacúolos, que serão estudados ainda mais nesse post e nos próximos. Iniciando com a parede celular, temos que a mesma limita o tamanho do protoplasto (toda a célula vegetal, exceto a parede), fornecendo uma proteção contra patógenos formada por um "esqueleto" de celulose com hemicelulose e pectina entrelaçadas em união com lignina.
Adentrando um pouco mais na célula, temos a membrana plasmática, que será mais detalhada no próximo post mas que já podemos adiantar alguns pontos: formada por 3 camadas, media o transporte de substâncias, coordena a síntese de microfibrilas de celulose compõem a parede celular e recebe/transmite sinais celulares. Extensões da membrana plasmática que promovem a ligação entre uma célula e outra são chamadas de plasmodesmo.
Antes de nos voltarmos para as organelas, falaremos do núcleo e dos ribossomos. O núcleo controla as atividades da célula e armazena a maior parte da informação genética, sendo circundado por um par de membranas chamadas de envoltório nuclear, cujo apresenta poros para o intercâmbio de materiais. O nucléolo está sempre presente em todos os núcleos de todas as espécies de plantas. Já os ribossomos, que separamos das demais organelas, não é considerado como uma organela por não ser envolto por uma membrana biológica como as demais e atua na síntese proteica.
Como primeira organela, temos o peroxissomo, intimamente associado com um dos segmentos do retículo endoplasmático, realizando a função de quebra da água oxigenada (que pode atuar como uma espécie reativa e gerar radicais livres que são danosos para a célula) e de conversão de lipídeos (glioxissomos).
Aproveitando que citamos lipídeos, temos os corpos oleaginosos, mais comuns em frutos e sementes, são lipídeos armazenados nas células das plantas para fornecimento de energia.
Seguindo, temos os plastídeos: envoltos por duas membranas, podem ser de diversos tipos como, por exemplo, o cloroplasto que é o sítio da fotossíntese, contendo pigmentos como clorofila e carotenóides que são receptores da energia luminosa necessária para a fotossíntese, mas também está envolvido no processo de síntese de aminoácidos e ácidos graxos e sendo um sítio temporário de armazenamento de amido. Além do conhecido cloroplasto, outro tipo de plastídeo muito importante são os leucoplastos que podem armazenar e sintetizar substâncias (como o amiloplasto que sintetiza e armazena amido) ou, até mesmo, o proplastídeo que é precursor de todos os outros tipos de plastídeos.
As conhecidas mitocôndrias também estão presentes nas células vegetais com seu papel essencial para a respiração celular, sendo envolvida por duas membranas em que a interna sofre invaginações que originam as cristas, sítio da respiração celular. Assim como o cloroplasto, é considerada uma organela semi-autônoma e, segundo a teoria endossimbiótica, anteriormente era uma bactéria que, ao longo da evolução, se tornou uma organela de células eucariontes, e por esse motivo apresenta seu próprio material genético.
Os vacúolos, exclusivos de células vegetais, são envolvidos por uma única membrana denominada tonoplasto e pode ocupar até 90% do volume de uma célula vegetal madura. Geralmente acumula pigmentos mas também estão envolvidos na quebra de macromoléculas e na reciclagem de componentes no interior das células.
Em seguida, temos a presença do retículo endoplasmático, conhecido por ser um sistema de membranas, sendo o R.E. Rugoso aquele que acumula proteínas em sacos achatados chamados de cisternas, e o R.E. Liso que tem forma tubular e realiza síntese de lipídeos e hormônios.
Por fim, o complexo de Golgi também é um sistema de membranas dinâmico e muito polarizado para atuar na secreção (principalmente de polissacarídeos não-celulósicos da parede celular).

Raven, P.H. Evert, R.F., Eichhorn, S.E. Biologia vegetal. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara