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Estude comigo para o Mestrado: Origem da vida

Atualizado: 14 de jul. de 2020

Oi biologuínhos, tudo bem?! Esses dias comentei no Instagram (@biologiaparaavida) que estava estudando para minha futura prova de Mestrado e tendo em vista que eu quero seguir na área de Fisiologia Vegetal vocês pediram e eu resolvi trazer meu estudo aqui para o blog, espero que vocês gostem!


Hoje vim trazer um pouquinho do conteúdo inicial da obra Biologia Vegetal (Raven) que é o livro que estou utilizando como base para meu estudo. Quando falamos de origem da vida é complicado de visualizar as plantas nesse processo, né?! Justamente hoje vamos entender a partir de quando elas aparecem e como.


Sabemos que a Terra tem, aproximadamente, 4,5 bilhões de anos e o primeiro cientista influente que especulou algo sobre a origem da vida foi Charles Darwin em 1871. Segundo ele, a vida se iniciou “em uma pequena lagoa morna”, porém como na época era um assunto extremamente polêmico (e continua sendo, né?!) e os recursos laboratoriais eram poucos caso o cientista quisesse testar algo, sua fala ficou baseada nisso.


Anos depois, mais precisamente em 1930, um cientista chamado Oparin (muito conhecido por quem já estudou minimamente sobre a possível origem da vida na Terra) resgatou a ideia levantada por Darwin e propôs que existia um acúmulo de compostos provenientes de gases vulcânicos (como carbono e hidrogênio que eram presentes nesses gases como amônia (NH3), metano (CH4) e vapor de água (H2O)) que, em algum momento, se acumularam no oceano e sofreram a ação da energia proveniente dos relâmpagos e do sol, dando origem às primeiras formas de vida. Acredita-se que os precursores das células eram agrupados de moléculas que formavam “gotículas” nas águas dos oceanos.


Conforme a quantidade de seres heterótrofos aumentava, as moléculas complexas das quais os mesmos dependiam para sobreviver iam sendo esgotadas, gerando competição entre esses seres para conseguir permanecer vivo. A medida com que a competição ia acontecendo, as mutações e recombinações, que naturalmente ocorrem, promoveram a seleção natural de células que eram capazes de produzir seu próprio alimento, conhecidas por nós como autótrofas. Ao longo do tempo, os autótrofos mais bem-sucedidos foram os que desenvolveram um sistema que faz uso direto da energia: a fotossíntese. Os primeiros seres fotossintetizantes eram células que flutuavam abaixo da superfície das águas que eram iluminadas pelo sol.


Mas quando surgiram os organismos autótrofos fotossintéticos? Algumas evidencias nos datam 3,4 bilhões de anos mas a comunidade científica acredita que provavelmente esses seres existem há mais tempo.


Muita gente critica as plantas mas se não fosse pelos seres autótrofos não estaríamos aqui hoje: eles foram de extrema importância para o desenvolvimento da atmosfera que conhecemos hoje graças a liberação do oxigênio (O2) como subproduto da fotossíntese. E esse oxigênio não somente constituiu o “ar”, mas também formou a camada de ozônio (O3) que absorve raios ultravioleta e possibilita que os organismos sobrevivam nas camadas superficiais de água da Terra.


Um processo extremamente importante para a maioria dos seres vivos e que depende, em parte, do oxigênio é a respiração celular: com o aumento de oxigênio disponível os seres passaram a realizar respiração celular, e como resultado disso, liberar muita energia.


Como a vida começou a se desenvolver de forma mais intensa em direção às praias (graças às altas concentrações de nitratos e minerais), os organismos multicelulares fotossintetizantes que viviam nesse ambiente desenvolveram adaptações para conseguir manter sua posição mesmo com a ação das ondas. Essas adaptações nós conhecemos muito bem: parede celular, estruturas especializadas para se fixar em rochas e tecidos condutores especializados.


Sabemos que a água era um problema inicial para a migração dos organismos fotossintetizantes para o ambiente terrestre: sua dependência era extrema. Mas com o tempo, graças às pressões evolutivas, as plantas se adaptaram e foram selecionadas para esses ambientes. Algumas das características que possibilitaram essa conquista do ambiente terrestre são: raízes (absorvem água do solo), caule que suporta as folhas (que são órgãos fotossintetizantes), folhas com epiderme coberta com cutícula cerosa que retarda a perda de água, entre outros que com certeza estudaremos mais para frente.

Raven, P.H. Evert, R.F., Eichhorn, S.E. Biologia vegetal. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara

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