Estude comigo para o Mestrado: Membrana plasmática
A membrana plasmática promove o intercâmbio de substâncias entre o organismo e o meio, sendo essencial para proteger a integridade da célula, mantendo as condições necessárias para as atividades metabólicas. Atualmente o modelo mais aceito em relação à constituição da membrana plasmática é o modelo do mosaico fluído, em que proteínas globulares se mostram imersas em uma bicamada fosfolipídica fluída que está em constante movimento e, dessa forma, novos mosaicos são formados.
A membrana plasmática apresenta proteínas transmembranas, que são aquelas imersas na bicamada, podendo ser de única ou múltiplas passagens.
Além dessas, são observadas proteínas integrais e, por fim, as periféricas que são presas as porções de protrusão de algumas proteínas transmembranas. Além de proteínas "puras", são observadas glicoproteínas (proteínas ligadas a carboidratos de cadeia curta-garante reconhecimento para a membrana celular) e glicolipídeos (lipídeos ligados a carboidratos de cadeia curta).
Quando estudamos membrana não podemos deixar de falar sobre o transporte que a mesma media. Por outro lado, ao falarmos de plantas precisamos entender um conceito extremamente importante antes de, de fato, observarmos os transportes pela membrana: o potencial hídrico. Basicamente o potencial hídrico é a energia contida na água, tendo em vista que as moléculas da mesma movem-se de um local para outro devido às diferenças de energia potencial. Esse potencial é afetado pela concentração das partículas dissolvidas, em que quanto maior a concentração de soluto, menor o potencial hídrico.
O transporte passivo por meio da membrana ocorre sempre a favor do gradiente de concentração (do mais concentrado, para o menos) e pode se apresentar como difusão simples ou facilitada. A difusão simples é vista com o transporte de dióxido de carbono, oxigênio e, num caso especial chamado de osmose, de água. Já a difusão facilitada ocorre via proteínas carregadoras ou canais que fornecem passagem para determinadas moléculas, podendo ser apenas 1 molécula por vez (uniporte) ou duas por vez (co-transporte: simporte (duas para a mesma orientação) ou antiporte (uma para dentro e uma para fora da célula)).
Dizemos que se uma molécula não é carregada eletricamente seu transporte é apenas influenciado pela diferença de concentração, porém se existe carga, todo o gradiente eletroquímico é levado em consideração.
Voltando ao assunto da osmose, dizemos que quando uma célula vegetal é inserida num meio hipotônico (isto é, menos concentrado que ela) ela tende a ganhar água por osmose para que as concentrações sejam igualadas, mas, graças à parede celular, a célula vegetal não chega a explodir, como ocorre com a animal. Já se a célula vegetal é inserida num meio hipertônico, a mesma perde água e atinge um estado de plasmólise que só pode ser revertido se a mesma for inserida num meio com água pura.
Quando o transporte de uma substância ocorre contra seu gradiente de concentração e, para isso, precisa de uma energia adicional (ATP), dizemos que está ocorrendo um transporte ativo através da membrana.
Outro tipo de transporte muito observado é o mediado por vesículas, sendo exclusivo para moléculas grandes. Quando estamos falando de entrada de um material na célula, a endocitose pode acontecer como fagocitose (digestão de partículas sólidas relativamente grandes), pinocitose (líquidos) ou como endocitose mediada por receptor (moléculas específicas).

Raven, P.H. Evert, R.F., Eichhorn, S.E. Biologia vegetal. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara