Doença Hemolítica do Recém Nascido
Oi biologuínhos, tudo certo? No post de hoje resolvi abordar um assunto que sempre vemos quando estudamos o sistema ABO, que é a DHRN ou Doença Hemolítica do Recém Nascido. Vamos entender o que é?
Bom, antes de realmente entrarmos na doença, temos que buscar as informações sobre o sistema ABO em nossa cabeça. É necessário lembrar que todos nós possuímos um tipo sanguíneo que pode ser A, B, AB ou O, e o fator Rh, que pode ser positivo ou negativo. Acredito que muitos de vocês saibam que, para realizar uma transfusão sanguínea, o sangue do doador tem que ser do mesmo tipo ou, minimamente, compatível com o do receptor: por exemplo, o sangue A apresenta aglutinina (que é um anticorpo) B, isto é, quando uma pessoa do tipo A recebe sangue do tipo B, os anticorpos atacam o sangue e levam a sérias complicações para o indivíduo. Se você está acompanhando o raciocínio até aqui, você certamente entenderá facilmente a DHRN, mas caso você ainda esteja com dúvidas ou, até mesmo, queira relembrar conceitos do sistema ABO, recomendo que visitem o post que temos no blog que só fala sobre isso!
A Doença Hemolítica do Recém Nascido ocorre em mulheres grávidas em que o feto apresenta um tipo sanguíneo diferente do seu, ocorrendo a tendência do sangue materno "atacar" o do feto. A grande incompatibilidade está mais ligada ao fator Rh do que com o tipo sanguíneo de fato. A eritroblastose fetal, nome também dado para a doença, ocorre principalmente quando a mãe é "negativa" e, em sua segunda gestação (por já ter o organismo sensibilizado uma vez pelo sangue diferente do feto), apresenta uma resposta imunológica contra o sangue "positivo" da criança.
Se não for tratada, a patologia pode causar até mesmo a morte do feto, mas felizmente hoje em dia já temos o tratamento adequado que ocorre antes da segunda gravidez para que o organismo materno não tenha seu sistema imunológico sensibilizado e não haja esse "ataque" ao sangue do segundo filho.