Atualizado: 14 de jul. de 2020
Oi biologuínhos, tudo bem?! Esperamos que a quarentena não esteja sendo tão difícil e que vocês estejam muito saudáveis! Voltamos hoje para falar sobre comportamento reprodutivo (lembrando que anteriormente falamos sobre adaptações, são coisinhas diferentes). Vamos lá?!
Bom, quando pensamos nas plantas é complicado pensar em comportamento reprodutivo né?! Mas posso garantir que é mais fácil do que vocês imaginam. Vou abordar hoje 3 grupos com vocês: as pteridófitas, as gimnospermas e as angiospermas.
Quando falamos em comportamento reprodutivo em plantas eu basicamente posso traduzir como “características que as plantas apresentam nas fases em que se reproduzem”. Agora buscando o comportamento reprodutivo de pteridófitas temos duas características que, na minha opinião, são extremamente incríveis: os soros e o protalo! Os soros são presentes em algumas espécies de pteridófitas e basicamente eles são “bolinhas” presentes ao longo da folha da planta que representam o esporângio do vegetal. Mas Isa, o que é esporângio? O esporângio é o local em que são produzidos e armazenados os esporos.

Os esporos (que estavam armazenados nos soros), ao caírem no solo, germinam e formam o protalo: gametófito. Isa, mais um nome?! Parece complicado, mas basicamente o gametófito é quem produz os gametas (e devemos lembrar que esses (masculino+feminino) são essenciais para a formação de uma planta). É fácil de relacionar: o coraçãozinho (que é o protalo) produz os gametas para gerar uma plantinha nova.

Vocês conseguem observar essas características que citei nessa foto incrível sobre o ciclo reprodutivo das pteridófitas:

Ciclo reprodutivo pteridófitas
Agora vamos falar um pouco das gimnospermas e das angiospermas: sim, vou falar das duas ao mesmo tempo, já que elas compartilham um comportamento reprodutivo semelhante: o grão de pólen. O grão de pólen é considerado o gametófito masculino, isto é, produz gametas masculinos. Em gimnospermas essa estrutura é produzida pelo estróbilo (que nós conhecemos muitas vezes como pinha) e em angiospermas é produzido na antera das flores. O grão de pólen representa um marco adaptativo incrível: por serem microscópicos e, consequentemente, muito leves, ele consegue ser dispersado com maior facilidade e, dessa forma, promovendo uma maior variedade genética da espécie. Dentre as diversas formas de dispersão, temos a que é realizada através do vento e através de animais, que conhecemos muito bem (todo mundo sabe que a abelha realiza polinização, certo?!).
Outra coisa bem legal de observar e que a Barbara citou no post dela para animais, é a questão do dimorfismo sexual. A maioria das plantas são hemafroditas, isto é, ambos os sexos são presentes na mesma planta (não temos um indivíduo masculino e outro feminino), mas deve ser destacado que, por exemplo no caso das angiospermas, temos ambos os sexos mas que são representadas por estruturas diferentes. O androceu representam a estrutura masculina, enquanto que o gineceu representa a feminina.

Bom, por hoje ficamos por aqui, mas logo menos estamos de volta! Continuem se cuidando, esperamos vocês <3
Isabella Aparecida Fonseca Bertoleti Estudante de Ciências Biológicas (Licenciatura) Colunista de Botânica (ZOOLOGIA X BOTÂNICA)