Cannabis sativa: propriedades e polêmicas
Oi biologuínhos, tudo bem? No post de hoje resolvi trazer um pedido que recebi quando lancei o post sobre drogas em 2019/2020: "Isa, fala sobre a "maconha"!". Aqui estou! Mas antes de qualquer coisa, devo dizer que muitos dos pontos que serão levantados nesse post fazem parte da atual polêmica situação da espécie Cannabis sativa quando falamos em sua legalização para uso medicinal.
Bom, Cannabis sativa é uma espécie de angiosperma herbácea (grupo mais complexo de plantas, que apresentam vasos condutores, sementes, flores e frutos / herbácea configura o caule maleável) que os primeiros registros históricos datam que, cerca de 8000 anos a.C., a planta era utilizada para a fabricação de papel. Após isso, os chineses perceberam que a planta também possuía algumas propriedades que poderiam ser utilizadas para a produção de produtos textêis e também na medicina.
Desde, aproximadamente, 1000 a.C. até meados do século XIX, a Cannabis sativa era a primeira ou segunda planta mais utilizada para fins medicinais, dependendo da cultura. Agora, pulando para nossa realidade atual, temos o impasse do preconceito: muitos enxergam a planta como, exclusivamente, uma droga. E sabe o que é interessante? Todos os medicamentos que tomamos, desde uma dipirona para dor de cabeça, até um antibiótico para uma infecção, são drogas!
É claro que, o consumo da droga sem necessidade, causa efeitos no organismo que podem acarretar em problemas fisiológicos, como batimentos cardíacos acelerados (aumentando os riscos de ataque cardíaco e outras condições), redução da coordenação motora, dificuldade em manter o equilíbrio, mudanças nos sentidos e no humor. Todas essas alterações são perigosas e oferecem riscos para nossa saúde.
Porém, como dito anteriormente, todos os medicamentos são drogas, isto é, em dosagens e situações inadequadas, causam prejuízos para a nossa saúde. Mas, em contrapartida, quando utilizada em casos específicos em que há necessidade, ela pode oferecer uma melhor qualidade de vida para aqueles que consomem.
Atualmente, a Bioética caminha entre as polêmicas que rodeiam o uso medicinal de Cannabis sativa. Estudos indicam que o uso pode ser interessante para tratamento de câncer, AIDS, dor crônica, epilepsia e glaucoma. Mas ainda existem muitos passos, que incluem estudos e superação de preconceitos, para que possamos trazer melhoria de qualidade de vida para muitas pessoas que sofrem de doenças complicadas.