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Adaptações para polinização

Oi biologuínhos, tudo bem? Mais um post de botânica (<3) por aqui e dessa vez vamos falar de um processo que ocorre em plantas vasculares com semente: a polinização. Apesar de associarmos mais o processo às flores (estruturas reprodutivas), as gimnospermas também realizam.


Definida como o processo de transferência de grãos de pólen do órgão masculino para o feminino, a polinização é um processo muito interessante que permite uma maior dispersão e, consequentemente, uma maior variabilidade genética da espécie. Essa dispersão pode ser realizada por diversos agentes, tais como o vento, a água e, até mesmo, por animais. Para cada dispersão, há uma adaptação e nesse post falaremos sobre algumas delas.


Apesar do processo também ocorrer nas gimnospermas, como dito anteriormente, é importante destacar a importância da estrutura floral para que a polinização ocorra. Com sua diversidade de cores, aromas (terpenos) e formas, as flores atuam como verdadeiros atrativos para que os animais realizem, indiretamente, a dispersão. Além disso, podemos citar outros recursos florais, tais como o néctar (solução de açucares, aminoácidos e óleos), óleos (produzidos nos elaiófotos) e exudado estigmático (solução de lipídeos, açucares, aminoácidos, fenóis e alcaloides).


Para cada animal que realiza a dispersão existe uma adaptação, por exemplo, as flores que são polinizadas por morcegos costumam apresentar uma quantidade acentuada de néctar, cores pouco vistosas e odor forte: tais aspectos atraem esses animais, possibilitando a polinização através dos mesmos. Já as flores polinizadas pelas aves são, geralmente, vermelhas, sem odor e com uma enorme quantidade de néctar.


É interessante observar a co-evolução que existe entre os insetos e as flores, em que cada espécie apresenta uma adaptação que possibilita que tal relação seja bem sucedida. Como exemplos, podemos citar as flores que são polinizadas por abelhas que, geralmente, se apresentam nas colorações amarela ou azul, enquanto que as flores que são polinizadas por besouros apresentam, comumente, cores pouco vistosas e odor forte. As polinizadas por borboletas e mariposas, por sua vez, se apresentam com o tubo da corola longo, adaptação que facilita o acesso ao néctar de acordo com o aparelho bucal desses polinizadores.


Já, nas plantas que apresentam flores e são polinizadas pelo vento, não há presença de néctar, as cores são pouco vistosas e não apresentam odor pois, justamente, não precisam atrair nenhum tipo de animal. Logo, tais flores apresentam anteras com filetes alongados e flexíveis que, com a ação do vento, se mexem, enquanto que o estigma se apresenta de forma grande e plumosa para receber o grão de pólen.


Por fim, existe também a polinização através da água e também a artificial, sendo esta última a que ocorre com a intervenção do homem.


Referência:

Raven, P.H. Evert, R.F., Eichhorn, S.E. Biologia vegetal. 7 ed. Rio de Janeiro: Guanabara





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