Abelhas e agrotóxicos: uma relação perigosa
Oi biologuínhos, tudo bem?! No post de hoje falaremos sobre uma questão muito atual e, infelizmente, muito perigosa: a relação entre as abelhas e o uso exagerado de agrotóxicos.
É conhecido que as abelhas são importantes polinizadores, isto é, promovem a reprodução de muitas plantas. Basicamente, sem esses insetos, 80% das plantas não produziriam sementes e frutos. Logo, qualquer ação que ameace a vida desses seres deve ser pensada e suspendida, tendo em vista que sem elas nossa produção de alimentos estaria muito comprometida.
Em contrapartida, temos o crescente uso de agrotóxicos que fazem mal não somente para as abelhas, mas também para qualquer pessoa que consome tais alimentos. No Brasil, a utilização de tais substâncias é regulada legalmente, porém muitas vezes não é cumprida. Dentre a vasta diversidade de agrotóxicos, se destacam os inseticidas neonicotinóides que, justamente, promovem um fenômeno conhecido por Desordem do Colapso das Colônias (CCD), tal como outros herbicidas e fungicidas.
Tal fenômeno é descrito por: ao visitar uma planta que sofreu ação do agrotóxico, a abelha fica desorientada, não retorna a sua colmeia e acaba morrendo. Diversos países já proibiram tal uso, mas o Brasil ainda insiste que ela continue liberada, tendo em vista que aumenta a produtividade agrícola.
Mas a pergunta é: até quando essa produtividade é aumentada? Até que ponto chegaremos?
A produção de alimentos cresce cada vez mais e não vemos a fome diminuindo, isto é, a produção é uma busca incansável que, muitas vezes, nem ao menos chega ao prato das pessoas. Até que ponto vale a pena buscar por grandes números prejudicando um processo natural que determina muito a produtividade e manutenção da vida dos vegetais? Veremos com o tempo.
Referências:
•Jornal da USP- Morte de meio bilhão de abelhas é consequência de agrotóxicos
•Brasil de Fato- Abelhas: fundamentais para agricultura, mas ameaçadas pelos agrotóxicos
No Brasil, a utiliza
O que acontece, na realidade, é um desastre: muitas abelhas campeiras, que abastecem as colmeias com néctar e pólen, não voltam a seus ninhos após visitar flores em áreas mais ou menos próximas de lavouras. Como que desorientadas, elas extraviam-se no campo enquanto outras acabam morrendo amontoadas na entrada das colmeias, que sucumbem por falta de alimento ou pela ausência da mão-de-obra.
Detectada em 2007 nos EUA e na Europa, a mortandade de colmeias inteiras, denominada “síndrome do colapso das colmeias”, é associada ao uso sem controle de venenos agrícolas. A causa de tamanho desarranjo seria a absorção pelas abelhas de partículas de agrotóxicos. São apontados como mais nefastos os inseticidas à base de nicotina – os neonicotinóides, proibidos em diversos países e liberados no Brasil.